terça-feira, 28 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PORTIFÓLIO

Desde o início até hoje ainda vejo dificuldades em lhe dar com o portifólio eletrônico.Claro que aconteceu uma evolução significativa em comparação a quando o blog havia sido construido, mas ainda não tenho domínio pleno das diversas possibilidades que podem ser desenvolvidas.
Não há dúvidas de que a avaliação formativa é interessante pelo fato de não se ater a um momento avaliativo e sim no processo, porém a dificuldade do domínio desse tipo de avaliação é prejudica o seu resultado final. Em contrapartida esse tipo de avaliação proporciona uma autonomia, te dá certa liberdade, você fica mais seguro no criar.
O que é muito importante nesse tipo de avaliação que sempre foi muito ressaltado e podemos vivenciar todo momento naprática é o fato de poder corrigir, acrescentar ou retirar algo da sua produção depois de publicada. Todos sabemos que na avaliação tradicional se você errou naquele momento seja por nervosismo, seja porque "deu um branco" você não tem uma segunda chance está errado e pronto.A possibilidade de estar em contato com os portifólios dos colegas também ajuda muito, pois todos podem se ajudar quando tiverem dificuldade.
Quanto aos propósitos específicos boa parte do resultado me pareceu satisfatória. O que eu buscava consegui um bom conhecimento e esclarecimento, ficando outras coisas um pouco superficiais ainda.
O propósitos gerais foram cumpridos na medida do possível, como já disse n oinício tive mais dificuldades, mas depois pude me familiarizar melhor com esse tipode avaliação que para mim como para muitos foi novidade.Tive muitos problemas com o manuseio das diferentes ferramentas tecnolóigicas, e essa superação ainda está em processo. Acredito que o evidenciar dos processos de aprendizagem foi satisfatório.
Falando dos descritores meu maior problema foi com o cumprimento de prazos, por diversos contra-tempos que ocorreram ao longo do período, nenhum momento por falta de compromisso com essa responsabilidade. O desenvolvimento foi relativamente bom, alguns momentos forma mais aproveitados que outros.Não foi muito explorada a utilização de múltiplas linguagens, me foquei mais na linguagem escrita.
No geral procurei realizar os trabalhos propostos e meu entendimento apesar de estar presa a algumas dificuldades que ainda estou tentando superar. Tanto por ser algo interessante, como pelo fato de ter barreiras ainda a superar pretendo continuar utilizando o blog com diferentes trabalhos. Vai ser importante para minha carreira profissional e para minha adaptação a esse tipo de avaliação que me aprofunde mais no manuseio do portifólio.

SÍNTESE CONCLUSIVA

Através de todo contéudo que tivemos acesso nessa discplina, o que se pode notar é que existem muitas formas de alfabetizar uma criança da maneira mais dinâmica possível. Embora todo o estudo que venha sendo realizado nessa área é um esforço de melhoria para esse setor que apresenta hoje muita deficiência, na prática ainda vê-se muitas dificuldades de se aplicar o que é estudado na teoria. Não que isso aconteça sempre, começar a entender os processos de alfabetização, como a criança toma possse desses processos de desenvolvimento da leitura e escrita é muito importante.
Estar a par de tudo que a criança precisa para seu melhor desenvolvimento, tal como explorar diferentes tipos textuais, dar seu exemplo como adulto, relacionar ações e objetos, dar liberdade para a criança produzir, socializar leitura e escrita, utilizar o lúdico, relacionar som e letra...enfim muitas outras coisas que foram abordadas são de grande valia para que se concretize com sucesso um processo de alfabetização.
Podemos notar também com nosso o estudo que a todo momento é ressaltado a importância de dar valor ao que a criança já sabe, partir da "leitura que a criança faz do mundo", reconhecer a bagagem que ela traz de fora da escola, as diversas fontes das quais ela já recebeu inforemação antes de chegar lá. Procurar sempre aguçar a curiosidade dela, responder seus questionamentos porque é uma forma muito eficiente dela aprender.
É importante notar também que foi levantada a questão do valor que tem que ser dados aos diferentes contextos sociais em que uma criança está inserida, desde as classes mais bem favorecidas financeiramente que pressupõe que a criança venha com uma bagagem maior, as classes mais desfavorecidas que pressupõe uma bagagem menor de conhecimento. Essa questão é desmistifica pois fica claro que todos tem condições de aprender as mesmas coisas, todos tem potencial. A linguagem, a forma, o ritmo que vai ser ensinado talvez possa ser diferente, porém o contéudo do que vai ser aprendido será o mesmo.
Foi evidenciado os problemas cognitivos das crianças, que as vezes é um problema para nós entendermos o que ela quer dizer com sua escrita, após essa estudo fica muito melhor esse interpretação. Esse passo a passo do aprendizado, do conhecimento menor para o maior, essas representações pré-alfabéticas, silábicas, silábico-alfabéticas, a relação entre o todo e as partes, a hipótese de quantidade mínima, a hipótese de variedade interna, é tudo muito interessante, e necessário para que se conheça melhor a criança e a forma como se vai trabalhar com ela.
Enfim não se pode dizer que vai funcionar na prática de imediato todo o conteúdo que for aplicado, mas o que pode-se dizer é que quando se estiver diante de uma sala de aula vai se levar muito mais a sério a criança como um todo, como um ser cheio de conhecimento, que precisa precisa orientações. E o que não vão faltar são meios de estimular seu desenvolvimento.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

ORALIDADE E ESCRITA perspectivas para o ensino da língua materna

A organização da fala e da escrita

Para se estudar a língua falada é preciso partir da conversação. A conversação ocorre quando duas ou mais pessoas interagem sobre diferentes temas. Schegloff caracteriza a conversação, apontando três elementos fundamentais: realização, interação e organização. Ventola propõe um modelo de organização conversacional, valorizando as seguintes variáveis: tópico ou assunto, tipo de situação, papéis dos participantes, modo e meio do discurso.
O tópico ou assunto é o que estabelece as relaçãoes, abre e mantém o canal de comunicação, proporcionando o contato dos participantes.
Na situação os participantes precisam estar atentos as atividades verbais e não-verbais, pois a situação em que se fala pode afetar a conversação.
Os papéis dos participantes vai se adequar as diferentes situações em que ele se encontra, assim pode-se desempenhar simultaneamente vários papéis.
O modo do discurso vai depender da formalidade que a ocasião exige.
O meio do dicurso consiste na forma como a mensagem é transmitida.
O texto conversacional é uma criação coletiva e se produz não só interacionalmente, mas também de forma organizada.
Segundo Dittman as características básicas do texto falado são:
interação entre pelo menos dois falantes - o desenvolvimento do texto falado está diretamente ligado ao modo como a atividade interacional se organiza entre os participantes;
ocorrência de pelo menos uma troca de falantes - está relacionada a alternância dos peresonagens da conversa, entre ouvinte e falante a fim de que a conversação tenha uma seqüência;
presença de uma seqüência de ações coordenadas - na conversação além da interação é necessário que haja uma organização na estrutura da conversação, uma seqüência lógica para que a conversa se desenvolva;
execução num determinado tempo - está relacionado ao tempo da conversação, e tudo que envolve esse tempo, os cortes nas falas, interrrupções, retomadas, sobreposições;
envolvimento numa interação centrada - a conversação deve estar focada em um assunto específico, podendo ocorrer dispersões.
A estruturação do texto falado se organiza em dois níveis o local e o global.
No nível local a conversação acontece por meio de turnos, neles os interlocutores se alternam e desenvolvem suas falas um depois do outro, podendo sobreposição nas falas e a tomada do turno do outro.
No nível global a formulação textual obdece algumas normas de organização global, principalmente na condução do tópico discursivo.Quando ocorre um desvio do tópico discursivo chamamos de digressão.

Coesão e coerência no texto falado

Ambos são fundamentais na constituição da textualidade. A coesão contribui para que se estabeleça coerência.
Destacam-se entre os recursos coesivos a coesão referencial que é uma referência a alguma coisa necessária para sua interpretação. Ela pode ser obtida por substituição ou reiteração. A coesão recorrencial que ocorre quando existem novas informações, embora haja retomada de estruturas, tem como objetivo levar o discurso adiante, a informação progride. A coesão seqüêncial que é a ordem lógica das coisas.
Existem na conversação quatro elementos básicos que são responsáveis pela organização:
o turno que é alternância do diálogo do falante e do ouvinte na consecução de um objetivo. Um modelo elaborado por Sacks, Schegloff & Jefferson diz que a conversação deve apresentar as seguintes propriedades: troca de falantes recorre ou pelo menos ocorre; em qualquer turno, fala um de cada vez; ocorrências com mais de um falante por vez são comuns, mais breves; a ordem dos turnos não é fixa; o número de participantes é variável; etc;
o tópico discursivo é aquilo acerca do que se fala. o seu desenvolvimento depende do processo de interação entre os participantes, do conhecimento partilhado, e das circunstâncias em que ocorre o diálogo.
O tópico discursivo apresenta as seguintes propriedade:
centração é o foco no conteúdo do tópico a ser desenvolvido;
organicidade é a relação seqüencial e hierárquica de cada tópico discursivo;
delimitação local é marcação do tópico por início, meio e fim ou os elementos prosódicos.
Os marcadores conversacionais têm como função a interação na fala evitando que a conversação se torne um monólogo. São utilizados na designação dos elementos verbais, prosódicos e não-lingüísticos.
Existe uma subdivisão dos marcadores verbais em quatro grupos:
marcador simples que realiza-se com uma palavra;
marcador composto que apresenta-se como uma seqüência de elementos lingüísticos relacionados com tendência a se fixar;
marcador oracional que são pequenas orações em diferentes tempos e formas verbais;
marcador prosódico está agregado ao marcador verbal, mas utiliza recursos prosódicos, está nesse grupo a entonação, a pausa, a hesitação, o tom de voz, etc.
O par adjacente é constituído por uma unidade dialógica mínima, o que quer dizer que a pergunta escolhe a resposta e a resposta é a ação escolhida pela pergunta. É utilizado pelos interlocutores para dar prosseguimento ao tópico.
Os pares adjacentes podem ser utilizados:
na introdução do tópico é comum que utilizem, ou quando se iniciam novos supertópicos;
na continuidade do tópico também são utilizados;
no redirecionamento do tópico quando há um desvio do tópico, utiliza-se para que se retome o mesmo;
na mudança de tópico por ter se esgotado o assunto ou não querer mais falar sobre ele utiliza-se o par adjacente.

terça-feira, 21 de julho de 2009

REFLEXÃO DO TEXTO "A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A ESCRITA"

O texto tem como objetivo trazer a forma como a criança constrói seu conhecimento da escrita, como ela com seus questionamentos assimila informações.
Dá-se ênfase ao aprendizado do nome próprio, das dunções dos nomes. Também ressalta a relação da escrita com a leitura.
E seguida o texto vai ilustrando as explicações através de exemplos. O que destaca primeiro denomina de contrução do próprio nome, retrata que de setembro a abril Andrea se desenvolve aos poucos e consegue escrever seu próprio nome. A autor ressalta nessa parte a construção de hipóteses das crianças.
A autora pontua as evoluções de Andrea. Ela diz que o primeiro conflito é o fato de começar a se escrever da direita para a esquerda, que provoca um primeiro conflito entre leitura e escrita. A perspectiva contrutivista dedica-se a saber como e o que é conhecido da criança quando começam a ler e escrever.
Apresenta as hipóteses, problemas, do primeiro trabalho de investigação com Emília Ferreiro. Primeiro ela fala dos problemas cognitivos. Diz que as crianças elaboram hipóteses sobre a combinação e a distribuição das letras.
Existem dois princípios organizadores básicos o princípio da quantidade mínima, e o princípio dde variedade interna. As crianças rejeitam textos com poucas letras e com letras repetidas, acham que não são para ler.
A autora diz que por volta dos quatro anos a criança começa a conseguir descobrir no texto sua intencionalidade comunicativa, sua finalidade. Para a criança a princípio o texto diz o que é o objeto, acha que tudo são substantivos e nomes próprios.
Para a criança existe a hipótese também do que está escrito e o que se pode ler. Para ela a representção gráfica é uma coisa e quando vai ler é outra, aquela escrita tem que ser interpretada. Para criança também pré-alfabetizadas, se você dá uma mesma característica com diferentes palavras na grafia, consideram que é a mesma coisa, o exemplo dado é: "uma senhora é bela" e "uma senhora é bonita", eles consideram que é idêntico.
Quando a criança vai escrever, procura encontrar as unidades sonoras que correspondem as letras, assim descobre as sílabas. A descoberta é um avanço que supõe que a criança passa da escrita pré-silábica a uma escrita silábica. Chega um momento que a criança é capaz de realizar uma análise interna da sílaba, o que dá lugar a uma escrita silábico-alfabética.
As crianças já a partir dos quatro anos são capazes de reproduzir textos. Tem uma representação da linguagem escrita precoce e sabem distinguir a conversação da escrita.
Quanto as palavras escritas, no início a criança não entende os espaços em branco que separa as palavras. Elas escrevem tudo junto. Tem que aprender com os textos a importância dessa divisão.
Em seguida a autora traz a concepção da escrita e da linguagem escrita que é vista como mais que um código, é um sistema de representação da linguagem com uma longa história social. Diz que o aprendizado da escrita consiste na apropriação de um objeto de conhecimento, de natureza simbólica, que representa a linguagem.
Traz na seqüência a questão da segmentação da fala, a percepção da certas unidades da fala, o reconhecimento dos morfemas, a noção da palavra e por último traz as implicações para o ensino.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

REFLEXÃO DO TEXTO:" A INTERPRETAÇÃO DA ESCRITA ANTES DA LEITURA CONVENCIONAL"

Emília Ferreiro traz nesse texto a questão de que mesmo antes das crianças poderem de fato ler, elas procuram interpretar textos que estão a sua volta ( embalagens, livros, cartazes). Estudar essas interpretações é importante para ter sempre em mente que a criança traz uma bagagem consigo, e não vai aprender do nada.
O processo de leitura é caracterizado pelas fontes de informação visuais e não-visuais as quais o leitor recorre. As visuais são as informações gráficas, e as não-visuais são as do conhecimento da língua do leitor, e dos temas envolvidos. A leitura é um processo de coordenação de informações, e tem o objetivo final de obter um significado expresso lingüisticamente.
Nesse texto o objetivo é se limitar a alguns desenvolvimentos na interpretação da escrita que se destacam, que ocontece com crianças que não sabem ler, e com crianças que nem mesmo conhecem o valor sonoro de algumas letras.
No início uma seqüência de letras para uma criança representa o nome de um objeto. O significado do texto escrito, depende do contexto. As crianças fazem uma distinção "o que realmente está escrito" em um texto não é considerado "o que pode ser lido" no mesmo texto. Crianças de classe média por volta dos 4 ou 5 anos tem algum conhecimento das funções sociais da escrita. Suas primeiras interpretações dependem de de condições externas e internas.
Quando entendemos que são as mesmas estruturas que intervêm nas noções matemáticas e na da língua escrita, vemos que não se pode manter a divisão dos conteúdos escolares como são hoje, há de se repensar o currículo.